Lâmpadas LED têm menor impacto na natureza e deixam a conta de luz até 90% mais barata

27/04/2015

Além disso, consumem menos energia que as incandescentes e promovem mais claridade

A crise energética e o aumento das tarifas de luz já estão causando impacto no bolso do consumidor brasileiro, que poderá arcar com contas até 40% mais caras este ano. Diante disso, o jeito é buscar alternativas para diminuir os custos, é claro, recorrendo às novas tecnologias de iluminação, mais econômicas e eficientes. Uma boa opção são as lâmpadas de LED, que chegaram ao mercado para atender a esses requisitos. Além de mais econômicas e consumir menos energia que as incandescentes, elas produzem mais luz. De acordo com especialistas, tais lâmpadas chegam a gerar uma economia de até 90% na conta de luz e duram de 30 mil a 50 mil horas, contra 1 mil das tradicionais. Outra vantagem apresentada pelas lâmpadas LED é que elas causam menor impacto ao meio ambiente.

As lâmpadas de LED são fabricadas com uma estrutura 95% reciclável, o que torna o descarte muito mais fácil em relação às tradicionais. Além de diminuir a necessidade do uso de ar-condicionado, uma vez que a luz acesa não aquece o ambiente, gerando ainda mais economia de energia e redução na conta de luz. Os benefícios dessa tecnologia devem levar a sociedade, em curto e médio prazos, a modificar hábitos arraigados. Hoje, estima-se que 65% das residências ainda usam as lâmpadas incandescentes, que tiveram sua fabricação proibida no país pelo Ministério de Minas e Energia.

A partir de julho, as lâmpadas incandescentes não estarão mais disponíveis no mercado. Segundo o presidente da FLC, João Geraldo, com as vantagens do uso da tecnologia, a expectativa é que haja crescimento do segmento de LED no mercado de iluminação, que, atualmente, tem ampliado sua fatia em 20% ao ano. “Com a crise energética, as empresas esperam aumentar as vendas em 40%, incluindo o consumo residencial, corporativo e do setor público.” O executivo destacou, ainda, que a FLC foi a primeira empresa a apostar na tecnologia no país, com a inauguração da primeira fábrica de lâmpadas de LED, em junho de 2014.

DURÁVEIS

João Geraldo lembra que hoje existe uma grande diversidade de lâmpadas no mercado, disponíveis para o consumo. “As mais populares são as eletrônicas (fluorescentes) e as incandescentes, que, por determinação do Ministério de Minas e Energia, não poderão ser mais vendidas a partir de janeiro de 2017, pelo impacto que causam ao meio ambiente.” O especialista garante que as de LED são mais duráveis se comparadas às incandescentes e às eletrônicas. “No entanto, o desembolso inicial é maior do que para as lâmpadas convencionais. Porém, o retorno do investimento vem, em média, em quatro meses depois da instalação de uma lâmpada com essa tecnologia, pois geram até 90% de economia na conta de luz.”

O engenheiro Sérgio Compodarve aconselha a mudança para as lâmpadas de LED, primeiramente, em virtude de as incandescentes deixarem o mercado. Ele explica que não é necessário nenhum tipo de alteração na instalação elétrica das residências para substituir as incandescentes pelas lâmpadas de LED, pois estas são produzidas nos padrões existentes hoje.

Quanto ao preço, Sérgio diz que ainda existe uma diferença grande entre os custos das lâmpadas incandescentes para as de LED. “Porém, essa diferença vem diminuindo sistematicamente, tornando as de LED cada vez mais acessíveis para o consumidor. Isso sem contar que a relação custo/benefício é enorme.” Ele garante que a claridade emitida por uma lâmpada de LED é a mesma das existentes no mercado. “As de LED equivalem tanto quanto as convencionais, porém, direcionam a luz para onde é necessário, dando, assim, maior sensação de claridade.

Augusto Pio /Estado de Minas