08/04/2015
A artista plástica mexicana Frida Kahlo é um dos ícones das artes e do universo feminino do século XX. Talentosa e intensa, teve uma história de vida trágica, mas, curiosamente, as suas obras e estilo próprio eram marcados pela alegria das cores e extravagância das estampas. 61 anos após a sua morte, ela ainda influencia pela autenticidade e o feitio -verdadeiramente mexicano- é inspiração nos mais diversos segmentos, desde as artes plásticas, passando pela música e até no cinema, convertendo-a em um arquétipo de bom gosto. Por isso, decorar ambientes de acordo com as representações que ilustram a identidade excêntrica da artista pode ser uma opção ousada e surpreendente para os entusiastas das artes e das cores.
Frida Kahlo mantinha flores no cabelo, colares coloridos, maquiagem marcante, saias volumosas, brincos grandes e batas estampadas. Logo, a decoração inspirada na mexicana requer boas doses de vermelho, rosa, amarelo e laranja. Além dos tons característicos, o décor também é baseado em elementos artesanais, flores, tecidos jacquard, desenhos geométricos, listras, zig-zags e referências religiosas.
Mas isso não significa que o ambiente precisa estar carregado de cores para homenagear a artista. Quem quer um cômodo baseado em Frida, mas prefere a discrição, pode apostar nos detalhes e acessórios combinados com móveis sóbrios em tons de marrom, branco ou bege. “O ideal é apostar em uma peça chave. Um lugar neutro pode trazer uma mesa colorida e fazer a diferença na decoração. Já os mais ousados podem usar um tecido de estampa floral aplicado a parede”, ensina a arquiteta Walléria Teixeira.
Frida, pessoalmente também era amante da decoração. Ela viveu parte da vida na Casa Azul, na Cidade do México. O lugar, transformado em museu quatro anos após a sua morte, foi batizado de Museu Frida Kahlo, é um dos pontos mais visitados do México. Não é para menos, a Casa Azul foi mantida exatamente como os últimos moradores a deixaram.
As cores segundo Frida Khalo
Em seus quadros, a artista utilizava as cores atribuindo-lhes novos significados. Na autobiografia, “Frida Kahlo: Un íntimo autorretrato”, ela conta o que representava cada uma das cores usadas em suas obras e em sua casa.
Verde: uma luz boa e quente
Verde escuro: cor dos maus anúncios e bons negócios
Amarelo: loucura, doença, medo. Parte do sol e da alegria
Azul Cobalto: eletricidade e pureza. Amor
Preto: nada é preto, realmente nada
Café: folha que se vai. A terra